À FÉ É PRECISO UMA BASE, E ESSA BASE É A INTELIGÊNCIA PERFEITA DAQUILO EM QUE SE DEVE CRER; PARA CRER , NÃO BASTA VER É PRECISO, SOBRETUDO, COMPREENDER........

.......NÃO HÁ FÉ INABALAVEL SENÃO AQUELA QUE PODE ENCARAR A RAZÃO FACE A FACE, EM TODAS AS ÉPOCAS DA HUMANIDADE
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – ALLAN KARDEC – CAP XIX


......E CONHECEREIS A VERDADE , E A VERDADE VOS LIBERTARÁ.
EVANGELHO DE JOÃO 8:30

CONTATO PARA ESCLARECIMENTO, DÚVIDA, INFORMAÇÃO E RELATO DE SITUAÇÕES REAIS QUE ESTEJAM OCORRENDO EM SEU CENTRO ESPÍRITA.

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LIVRO DOS MÉDIUNS

Em construção

O PODER NO CENTRO ESPÍRITA

O PODER NO CENTRO ESPÍRITA
Transcrito do livro Centro Espírita - Tendências e Tendenciosidades de Cezar Braga capítulo II

No atual estágio que atravessa o nosso planeta, onde quer que existam seres humanos convivendo, haverá uma relação de poder, existirá uma escala hierárquica, acatada de comum acordo ou imposta segundo os valores e tradições da cultura do lugar e da instituição a que se pertença.
De acordo com a Codificação, a única sujeição que deve existir é a de natureza intelecto - moral. Os caracteres intelectuais se revelam no conhecimento doutrinário e os morais na aplicação desse mesmo conhecimento, dentro e fora do centro espírita.
O escritor Hermínio C. Miranda (livro Diálogo com as Sombras) recorda que: "Liderar é coordenar esforços, não impor condições." E prossegue dizendo: "Num grupo espírita, todos são de igual importância." Quando assumimos uma função no centro espírita que freqüentamos e com o qual nos sintonizamos, não devemos confundir-nos com ela, que é temporária e circunstancial. Cada um de nós é um espírito imortal- eis o que "somos" de fato. A função exercida é aquela em que "estamos".


Transcrito do livro Centro Espírita - Tendências e Tendenciosidades de Cezar Braga capítulo I

O amor à casa reflete-se também, e principalmente, no amor aos companheiros de causa. De acordo com o escritor Pedro Demo (livro Pobreza Política), participação implica em legitimidade, ou seja, terem o direito de opinar, sugerir e fazer as devidas críticas os que, legitimamente, estão empenhados nos labores do centro. Essa participação, contudo, deve ter o sentido de adicionar elementos para a reflexão do grupo, sem a pretensão de que tudo o que falarmos seja acolhido como o único caminho a ser seguido. Participação implica também em representatividade, pois os que assumiram de boa vontade funções na diretoria, conselhos, departamentos, etc., falam representando os setores aos quais estão vinculados.
Pode haver legitimidade sem representatividade: A pessoa representa a si mesma e não qualquer departamento. Suas credenciais são os seus esforços em prol da harmonia do grupo e do bom funcionamento do centro espírita como um todo.
Pode haver representatividade sem legitimidade: A pessoa tem algum cargo ou função no centro espírita, mas apenas faz parte, pois muito pouco ou quase nada realiza.
Será sempre de bom alvitre sondar as expectativas, impressões e percepções dos que permanecem à margem dos trabalhos sem maiores comprometimentos. Não para fazer um Espiritismo à moda deles ou de quem quer que seja, mas porque o nosso objetivo será sempre o de incluir, aproximar, desfazendo qualquer sentido de casta ou grupo hierárquico, dentro deste recanto de convivência fraterna que é o centro espírita.


Transcrito do livro Centro Espírita - Tendências e Tendenciosidades de Cezar Braga capítulo II

Divaldo Pereira Franco (livro Diálogo), dialogando com dirigentes e trabalhadores espíritas, analisou o fenômeno da liderança autocrática e afirmou categoricamente: "Parece-me que alguns líderes, em nosso labor, ou melhor, certos trabalhadores mais interessados, ainda não compreenderam que se devem apagar para que apareçam as metas, para que a Doutrina brilhe." Complementando o que disse o médium baiano, Ivan René Franzolim (livro Como Administrar Melhor o Centro Espírita Através das Pessoas) afirma que administrar não pode mais ser confundido com mandar. Ninguém é dono do poder dentro do movimento espírita, porque esse não tem a mesma conotação daquele exercido e legitimado nas diversas instituições do mundo, até mesmo em algumas de caráter religioso. Precisamos evitar certos vezos(costumes) que acabam nos levando a criar padrões hierárquicos e normas baseadas em nossa própria maneira de encarar a vida. Criamos uma segunda doutrina, a doutrina dos espíritas em detrimento da Doutrina dos Espíritos, inclusive atribuindo a Kardec e aos Espíritos Superiores, coisas que eles nunca disseram ou jamais teriam dito.
"A autoridade do presidente é puramente administrativa. Dirigirá as deliberações do comitê(assembléia/conselho), cuidará da execução dos trabalhos e do despacho dos negócios, mas, fora das atribuições que lhe são conferidas pelos estatutos, não poderá tomar nenhuma decisão sem consultar o comitê(assembléia/conselho). Desse modo, evitam-se os possíveis abusos, os motivos de ambição, os pretextos de intriga e inveja e a supremacia que desagrada." Se Allan Kardec fala de ambição, intriga e inveja, não é apenas por conhecer a natureza humana, como por certo a conhecia. Mas por saber que esses sentimentos sempre estiveram presentes nas instituições que o homem criou, determinando, muitas vezes, a derrocada delas.
Ao mesmo tempo, é também muito triste constatar que existem companheiros que assumem uma postura democrática aparente. Abrem espaços para um suposto trabalho em equipe, mas permanecem nos bastidores do centro espírita manipulando os companheiros de ideal. A questão é que todo um trabalho pode ser comprometido quando nos calamos, devendo falar e omitimo-nos, devendo participar. Ficamos a distância, criticando alguém e ou uma situação que poderia estar diferente, se usássemos de sinceridade.


Transcrito do livro Centro Espírita - Tendências e Tendenciosidades de Cezar Braga capítulo III

É perfeitamente possível e necessário compartilharmos decisões, democratizarmos o planejamento, ouvirmos uns aos outros, deduzindo sob a inspiração dos bons espíritos e do bom senso dos encarnados, os rumos que o centro deva tomar. No entanto, a diluição repentina da hierarquia à qual o grupo está habituado, poderá comprometer o bom andamento das tarefas e até gerar um abandono das mesmas. O que não impede os companheiros de tomarem algumas iniciativas nos departamentos dos seus centros, verificando, por meio de experiências, a viabilidade de se implantar modelos alternativos de gestão.
Um mínimo de hierarquia ainda é necessária, pois se considerarmos as dificuldades que muitos de nós ainda temos em administrar a nossa própria vida, que dirá implantarmos um processo de autogestão de forma repentina no centro espírita.
Entenda-se hierarquia aqui não como subordinação a pessoas, mas a um estatuto, a prazos, horários, objetivos e princípios traçados de comum acordo, sem que nos escravizemos a regras. É, exatamente, isso que nos sugere o Espírito Emmanuel (livro Pão Nosso) ao dizer que: "As convenções definem, catalogam, especificam e enumeram, mas não devem tiranizar a existência. Lembra-te de que foram dispostas no caminho a fim de te servirem. Respeita-as, na feição justa e construtiva; contudo, não as convertas em cárcere ".