À FÉ É PRECISO UMA BASE, E ESSA BASE É A INTELIGÊNCIA PERFEITA DAQUILO EM QUE SE DEVE CRER; PARA CRER , NÃO BASTA VER É PRECISO, SOBRETUDO, COMPREENDER........

.......NÃO HÁ FÉ INABALAVEL SENÃO AQUELA QUE PODE ENCARAR A RAZÃO FACE A FACE, EM TODAS AS ÉPOCAS DA HUMANIDADE
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – ALLAN KARDEC – CAP XIX


......E CONHECEREIS A VERDADE , E A VERDADE VOS LIBERTARÁ.
EVANGELHO DE JOÃO 8:30

CONTATO PARA ESCLARECIMENTO, DÚVIDA, INFORMAÇÃO E RELATO DE SITUAÇÕES REAIS QUE ESTEJAM OCORRENDO EM SEU CENTRO ESPÍRITA.

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LIVRO DOS MÉDIUNS

Em construção

A MORAL NO CENTRO ESPÍRITA

A Moral no Centro Espírita

Há alguns milênios, o homem vem buscando moralizar a sociedade. Através de codificadores foram instituídos códigos (Hamurabi 1750 AC) e leis (Moisés Século XIII AC) na tentativa de corrigir a conduta inadequada dos homens, tendo dado início ao princípio moral das sociedades.


Transcrito do livro O Centro Espírita Capítulo I - J. Herculano Pires

Dirigentes, auxiliares e freqüentadores de um Centro Espírita bem organizado sabem que a obra de Kardec, em seu caráter cientifico, filosófico e religioso, é uma estrutura dinâmica que exige estudos e pesquisas com o rigor metodológico, realizadas com humildade e bom senso.
Opiniões pessoais, palpites de pessoas pretensiosas, livros de conteúdo mistificador, cheios de absurdos ridículos, não têm nenhum valor para o Centro Espírita. A autoridade moral e cultural dos dirigentes e dos espíritos protetores e guias dos médiuns e dos trabalhos decorre da integração dos mesmos na orientação de Kardec.
A visão espírita de moral consubstancia-se na resposta à questão 629 de O Livro dos Espíritos, no qual encontramos: Que definição se pode dar da moral?
E a resposta dos Espíritos:
"A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus."
A primeira parte da resposta ainda poderia sofrer interpretações extemporâneas baseadas nos costumes e na visão do que significa, o que é bem - proceder. Mas a Segunda parte da resposta diz que a moral "Funda-se na observância da lei de Deus", e a lei de Deus é uma só, invariável no tempo. Portanto, a moral na visão espírita não pode ser flexibilizada nem sofrer interpretações que não estejam vinculadas às leis naturais da vida. (Educação Moral - Educação dos Sentimentos - página 23 - Jason de Camargo)

Nas Obras Póstumas, diz Kardec: (pgs. 383, 384)
"Por melhor que seja uma instituição social, se os homens forem maus, eles a corromperão, desnaturando-lhe o espírito para poder explorá-la em proveito próprio. Quando os homens forem bons farão boas instituições, que serão duradouras porque terão interesse em conservá-las".


Transcrito do livro O Centro Espírita Capítulo II - J. Herculano Pires

Com base na moral espírita devem ser desenvolvidos os serviços do centro e serviços ao próximo, tanto no plano propriamente humano quanto no espiritual.
Os serviços assistenciais à pobreza prestados pelo Centro Espírita constituem a contribuição espírita para o desenvolvimento de uma mentalidade social com novas características. O Centro Espírita deve funcionar como um transformador de idéias fraternas em correntes de energias ativas nesse plano.
No Centro Espírita deve-se sentir que viver e existir são duas possibilidades do ser que se projeta na encarnação.
Com essa percepção revela-se no homem a centelha divina de sua origem espiritual, é o momento espírita da redenção em que o adepto capta, em sua consciência, a sua imortalidade.
Desse momento em diante se integra no Centro Espírita, liga-se a ele, não como um serviçal, mas como o próprio serviço. Assim, a multiplicidade dos serviços do Centro adquire, em sua consciência, a mesma unidade conquistada por ela, ao mesmo tempo que a unidade existencial se volta para todos os serviços que se fundem no serviço único à humanidade, resumindo: servir a Deus no serviço ao próximo.
Sabendo-se, contudo, que os serviços mais urgentes de cada Centro são os de instrução doutrinária, serviço que, bem executado, facilitará a execução dos demais.


Transcrito do livro O Centro Espírita - Capítulo III J. Herculano Pires

O conhecimento dos problemas mediúnicos exige estudo incessante da obra de Kardec, principalmente do Livro dos Médiuns. Sem estudo da Doutrina não se faz Espiritismo, apenas cria-se uma rotina de trabalhos práticos que dão a ilusão de eficiência. O Espiritismo visa a transformação das criaturas para que, mais esclarecidas, sejam dotadas de mentes mais arejadas e coração mais puro.
Devemos por isso manter, no Centro Espírita, a mais plena naturalidade de comportamento, dentro das normas naturais do respeito humano. As modificações exteriores, por serem forçadas e mentirosas, não exercem nenhuma influência em nosso interior.
Como elementos principais da ligação do Centro com a comunidade social do bairro ou até da cidade, os médiuns precisam ter cuidado com a pretensão, a arrogância, a vaidade, antivirtudes que vão transformá-los em elementos negativos na dinâmica social.
Atacar religiões e práticas religiosas dos outros é o meio mais fácil de afastá-los do Centro. Essa crítica só deve ser feita em termos de comparação histórica, em reuniões de estudo doutrinário.
O Centro Espírita não é instrumento de conversão mas também não pode espalhar a dissensão. O objetivo do Espiritismo não é se impor aos outros, mas ajudar a esclarecer os que o procuram.
Outra necessidade que a moral espírita nos recomenda é vigiar a nossa tolerância para não afundarmos na hipocrisia, fingindo uma bondade que não possuímos.
Os espíritas não podem oscilar entre o extremo da arrogância criminosa, geradora de guerras e destruições e o extremo da covardia disfarçada em humildade.


Transcrito do livro O Centro Espírita Capítulo IV J. Herculano Pires

Outra abordagem necessária diz respeito ao preconceito. No processo natural da reencarnação a mestiçagem se dilui, de século em século, pela encarnação de espíritos da raça branca em corpos negros e vice-versa.
Muitos brancos orgulhosos do passado chegam, hoje, às reuniões mediúnicas como negros e índios, pois, a tiveram, em encarnações dessa natureza, a possibilidade de aprender as lições de humildade que os levou a corrigir a arrogância de outros tempos.


Transcrito do livro O Centro Espírita Capítulo V J. Herculano Pires

A moral espírita nos conduz a sentir a presença de DEUS no Centro Espírita. Ele não exige de nós mais do que podemos dar. Sua presença no Centro não exclui ninguém e a todos inclui no seu chamado, contudo, os que distilam veneno não podem percebê-lo e só sentem a presença dos espíritos malévolos.


Transcrito do livro O Centro Espírita Capítulo VI J. Herculano Pires

A moral espírita nos revelou as perspectivas de responsabilidade, subverteu a ordem das aparências convencionais.
A dureza do mundo atual nos mostra que a humanidade entrou na fase da maturidade e tem que aprender a resolver seus problemas por si mesma, por que DEUS marcou os limites da nossa ilusão comodista e nos lançou face a face com os resultados do nosso comportamento no mundo.
O Espiritismo nos consola quando prova que somos imortais, de natureza divina, que a morte é o fim da aprendizagem terrena, que passaremos a um plano superior para prosseguir nossa evolução.
Hoje, a Filosofia Existencial sustenta essa verdade espírita ao afirmar que o homem passa pela existência como um viajante que atravessa uma região estranha que lhe cumpre vencer por si mesmo, adquirindo experiências para avançar em nova direção.